Instituto Oceanográfico da USP – Base Norte Ubatuba

Instituto Oceanográfico da USP – Base Norte Ubatuba

O Instituto Oceanográfico da USP conta com duas bases de pesquisa, uma em Ubatuba, “Base Norte” e a outra em Cananéia, “Base Sul” do Estado de São Paulo. Em Ubatuba está localizado na Praia do Lamberto s/nº, na Enseada do Flamengo. A base chama-se “Clarimundo de Jesus”, e foi construída para dar apoio às atividades práticas educacionais e apoio aos projetos de pesquisas.

USP - Ubatuba
Entrada do Instituto na margem da rodovia Rio-Santos

Temos no local uma boa infraestrutura de alojamentos, refeitório, sala de aulas, laboratórios, píer de atracação, estação meteorológica, estação maregráfica, o barco de pesquisa Veliger II e outras embarcações de apoio. As embarcações prestam apoio às atividades acadêmicas e projetos de pesquisa do IOUSP, realizando atividades principalmente na região costeira. O Veliger II é um barco de 14 metros, com autonomia de operação de 6 dias, e que comporta até 8 pesquisadores além da tripulação.

Entre as pesquisas realizadas, estão a ênfase na criação de peixes marinhos, estudos sobre a nutrição e o desempenho de seu crescimento, utilizando diferentes ingredientes para a fabricação de ração, visando menor custo e maior sustentabilidade para as fazendas marinhas. São realizadas pesquisas contínuas, como o monitoramento da qualidade da água do mar, da fauna marinha, a coleta de dados meteorológicos e de maré.

Embarcações atracadas em frente ao IOUSP - Entre elas o Veliger II
Embarcações atracadas em frente ao IOUSP – Entre elas o Veliger II

Este Instituto Oceanográfico possui também pesquisas pontuais de curta duração, onde o pesquisador fica na base por determinado tempo coletando dados e amostras e posteriormente realizando suas análises em outros locais. A base de Ubatuba é utilizada por pesquisadores das áreas de química, biologia, agronomia, meteorologia, zootecnia engenharia da USP e outras universidades.

Embarcação Veliger II IOUSP
Embarcação Veliger II IOUSP – Imagem de Leandro Inoe Coelho

História
O Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), é uma instituição pública de ensino superior, fundada em 1946, como Instituto Paulista de Oceanografia (IPO). Na época de fundação, os objetivos de seus idealizadores apontavam para a necessidade de uma instituição que fornecesse bases científicas à pesca e, numa concepção mais ampla, à exploração de recursos disponíveis ao longo do litoral paulista. Em 1951 foi incorporado à USP como Unidade de Pesquisa, assumindo seu nome atual e obtendo maior autonomia no cumprimento de suas funções.

Píer do Instituto Oceanográfico
Píer do Instituto Oceanográfico

Posteriormente, em 1972, foi transformado em Unidade Universitária, passando a oferecer cursos de pós-graduação em nível de mestrado nas áreas de Oceanografia Biológica e Oceanografia Física em 1973. A base norte passou a se chamar Clarimundo de Jesus em 15/09/98, em homenagem a um técnico que teve papel de destaque no Instituto, sendo inclusive membro da primeira expedição do N/Oc Prof. Wladimir Besnard à região Antárctica, durante o projeto PROANTAR.

Prainha da USP - Ponto de partida para pesquisas marinhas do IOUSP
Prainha da USP – Ponto de partida para pesquisas marinhas do IOUSP

Áreas de Concentração
O estudo dos processos marinhos integra essas diversas ciências básicas, tanto sob o ponto de vista teórico quanto experimental. O programa de pós-graduação em oceanografia biológica requer o acompanhamento de disciplinas, tais como plâncton, bentos, nécton, ecologia marinha e poluição. O programa de pós-graduação em oceanografia física enfoca o estudo dos processos físicos que ocorrem nos oceanos, tais como correntes, ondas, maré, interação oceano-atmosfera, além de abordar aspectos climáticos associados ao Oceano Atlântico.

O Espaço Didático “Edmundo Ferraz Nonato” tem capacidade para 40 alunos e é equipado com ar condicionado, sistema de som, internet e telão digital – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O programa de pós-graduação em oceanografia química e geológica apresenta disciplinas específicas a cada uma dessas duas áreas, tais como: sedimentação marinha, fisiografia, poluição química, ciclos biogeoquímicos de nutrientes e gases dissolvidos. Tanto na graduação quanto na Pós-Graduação, os temas relacionados à observação dos fenômenos e processos marinhos são desenvolvidos em aulas a bordo dos barcos de pesquisa “Albacora” e “Veliger II”, bem como nas bases costeiras de ensino e pesquisa “João de Paiva Carvalho”, situada em Cananéia, e “Clarimundo de Jesus”, localizada em Ubatuba.

A base do Instituto Oceanográfico vista do píer
A base do Instituto Oceanográfico vista do píer

O IOUSP tem assumido diversificada gama de atividades de pesquisa em nível nacional, bem como participado ativamente em programas internacionais. A extensa costa do Brasil inclui ecossistemas tropicais e subtropicais, habitados por flora e fauna diversas. Tendo essa informação como ponto de partida, uma das principais metas do IOUSP é buscar subsídios para compreender o complexo ecossistema marinho, bem como planejar a utilização racional e sustentada de todos os recursos naturais.

Píer do Saco da Ribeira visto do mirante no Instituto IOUSP

Grandes esforços também são dispensados para o entendimento dos padrões de circulação de massas de água e transporte de substâncias e calor no oceano Atlântico. O impacto das atividades humanas sobre o ecossistema costeiro é considerado um problema mundial, sendo que um dos desafios do instituto é a avaliação e monitoramento desses ecossistemas.

Fonte das Informações:
http://www.io.usp.br/index.php/institucional/historico
goo.gl/UrbN62

http://www.io.usp.br/index.php/noticias/1185-base-do-instituto-oceanografico-em-ubatuba-comemora-65-anos.html