Projeto Mar é Cultura - Curiosidades de Ubatuba

Onde e como atuam o Projeto Mar é Cultura e a Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo?
A Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo – AMESP é uma entidade civil, sem fins lucrativos e econômicos que atua na conservação da cultura oceânica e no fortalecimento do associativismo entre os produtores aquícolas. Foi fundada em 31 de agosto de 1998, quando a maricultura emergia como alternativa à atividade pesqueira tradicional.

Desde então, a instituição empenha-se na implantação, ordenamento e regularização dos cultivos no litoral norte paulista e vem trabalhando em parceria com outras associações em Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, onde se concentra o maior número de maricultores.

Projeto Mar é Cultura

A maricultura é reconhecida como a prática de cultivo de organismos marinhos, como peixes, crustáceos, moluscos e algas, a qual apresenta-se como uma ferramenta capaz de promover o desenvolvimento econômico das comunidades tradicionais existentes.

Dessa forma, a atividade pode desempenhar um papel fundamental na segurança alimentar global, fornecendo uma fonte adicional de proteína para a dieta humana, reduzindo a pressão extrativa sobre as populações selvagens de peixes e frutos do mar. No entanto, assim como outras formas de aquicultura, enfrenta alguns desafios relacionados ao gerenciamento dos impactos ambientais e sociais. Em contrapartida, a maricultura pode trazer inúmeros benefícios, melhorando a qualidade da água e fornecendo abrigo e alimentos para diversas espécies da base da cadeia alimentar marinha.

Recentemente, a AMESP foi contemplada pelo edital de seleção pública de 2021 do Programa Petrobras Socioambiental, dando início ao Projeto Mar é Cultura, o qual tem como linha principal de atuação o desenvolvimento sustentável e secundária, o Oceano. Ambas constituem temáticas prioritárias e complementares e devem ser trabalhadas de forma integrada.

Desta forma, o Projeto atua no fortalecimento e na regularização da maricultura de pequena escala nos municípios abrangidos pela Área de Preservação Ambiental Marinha do Litoral Norte – APAMLN e para isso, trabalha com o turismo de base comunitária, efetua a organização de um banco de dados socioeconômicos e produtivos dos maricultores ativos, encaminha processos de cessão das áreas aquícolas, oferece cursos e oficinas de capacitação e participa de eventos de divulgação sobre a atividade.

Além disso, com a qualificação técnica e debates com as comunidades tradicionais, pescadores e órgãos gestores, realizados em palestras, workshops, festas, eventos e mídias virtuais, o Projeto almeja também contribuir para a ampliação das diretrizes para o desenvolvimento sustentável da atividade nas regiões litorâneas do país. Espera-se com isso, o efeito positivo na geração de renda e o incremento da produção de alimentos de alto valor nutricional, com o consequente desenvolvimento econômico nas comunidades costeiras, frente à conservação ambiental e o atendimento aos múltiplos usos do espaço marinho.