Maricultura na rota turística dos municípios do litoral norte paulista

Maricultura na rota turística dos municípios do litoral norte paulista

Você já ouviu falar de maricultura?
No litoral norte paulista diversas comunidades dedicam-se à maricultura, que é o cultivo de animais de água salgada, como moluscos, peixes e algas, realizados em áreas marinhas e costeiras, conhecidas como fazendas marinhas. Grande parte das comunidades dedicam-se ao cultivo de mexilhão, também conhecido como marisco. Os cultivos são feitos de forma tradicional, com estruturas conhecidas como “long-lines”, que são cordas suspensas na água do mar por boias, onde são amarradas as redes de mexilhões. Muitas vezes, o transporte até o cultivo é feito por canoas a remo, confeccionadas artesanalmente em troncos únicos de madeira.

Maricultura na rota turística dos municípios do litoral norte paulista

O entorno de uma fazenda marinha é também algo incrível. Diversas espécies vão nas estruturas de cultivo buscar alimento e abrigo. É possível avistar diversos cardumes, tartarugas, pequenos crustáceos, além de gaivotas e outras aves marinhas que costumam repousar sobre as estruturas de cultivo. O marisco é também o ingrediente principal do Lambe-Lambe, um prato bastante tradicional da culinária caiçara. Diversas comunidades vêm se abrindo para aliar a atividade da maricultura e o turismo, importante fonte de renda dos municípios do litoral norte, incluindo este roteiro em programas conhecidos como TBC – Turismo de Base Comunitária.

O TBC é uma alternativa ao modelo de turismo convencional e que atende as necessidades de conservação dos modos de vida tradicionais e da biodiversidade de pequenas comunidades, realizando atividades que estimulam o desenvolvimento econômico local. A maricultura proporciona um roteiro turístico, que inclui os aspectos produtivos, a observação de diversas espécies de peixes e aves marinhas, além de pontos de mergulho livre recreativo, rodas de conversa com moradores tradicionais, vivências com artesãos e culinária tradicional. As visitas às fazendas marinhas incluem passeio de barco e uma experiência única, onde o turista poderá acompanhar todo o processo, desde a colheita do mexilhão até a degustação de seus produtos.

O Projeto Mar é Cultura, em parceria com a Petrobras Socioambiental, vem buscando incentivar a criação de Pontos de Turismo de Base Comunitária (TBC) nas comunidades de maricultores, atuando na elaboração e divulgação deste roteiros na rota turística oficial dos 4 municípios do litoral norte paulista. Com isso, auxilia na conservação da natureza e do patrimônio sociocultural local, despertando o movimento turístico com protagonismo comunitário. Assim sendo, desencadeia-se um processo de reconhecimento, divulgação e valorização da história e cultura dos povos e comunidades regionais.

E você? Sabendo desses potenciais, ficou com vontade de conhecer uma fazenda marinha? Para saber mais sobre o TBC e quais comunidades recebem visitas, acesse o site da AMESP – Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo (amespmaricultura.org.br) e as redes sociais do Projeto @projetomarecultura