A Praia do Saco da Ribeira está localizada no Píer do Saco da Ribeira, região centro sul de Ubatuba, uma praia pequena com faixa de areia amarelada e não frequentada por turistas. Hoje é basicamente um local de apoio para os barcos e canoas, não sendo apropriada para o banho de mar.

Bem diferente do que foi no passado, quando a praia era bem maior, não existia o píer e este era um lugar de parada dos caminhantes e moradores que vinham do sul em direção ao centro da cidade.
O local por ser um ancoradouro natural, serviu para a implantação do Píer do Saco da Ribeira, um sinônimo de atividade náutica, acomodando a maior concentração de embarcações de lazer em Ubatuba. As movimentadas marinas abrigam veleiros de várias partes do mundo, e a partir da rodovia Rio-Santos, temos um mirante, para visualização ampla do píer que o transforma em um dos pontos mais fotografados de Ubatuba.

As movimentadas marinas abrigam veleiros de várias partes do mundo, e a partir da rodovia Rio-Santos, temos um mirante, para visualização ampla do píer que o transforma em um dos pontos mais fotografados de nossa cidade.

Ubatuba durante muito tempo viveu basicamente da pesca e usufruiu do local sem nenhuma infraestrutura. A história começou a mudar na década de 1980, quando então, o governador de São Paulo, Sr. Paulo Egídio, que tinha residência na Praia do Flamengo, percebeu a importância de se construir um píer público, onde seriam atendidas as necessidades dos barcos pesqueiros da região, incentivando o turismo e dando maior segurança às embarcações de recreio. A Praia do Saco da Ribeira perdeu sua importância, foi abandonada pelos turistas, e nasceu o maior píer de Ubatuba.

Durante o período colonial brasileiro, a Praia do Saco da Ribeira, destacou-se como um importante entreposto comercial. Sua posição estratégica facilitava o escoamento de produtos agrícolas cultivados nas fazendas do interior, especialmente o café e o açúcar, que eram transportados até este porto para exportação. Paralelamente, o local também desempenhou um papel sombrio no tráfico transatlântico de pessoas escravizadas: embarcações provenientes da África desembarcavam ali homens, mulheres e crianças que seriam forçados a trabalhar nas lavouras da região. Esse contexto evidencia a importância econômica e, ao mesmo tempo, a violência estrutural que marcou a formação social e econômica da região.