Conheça o fundo do mar a bordo da hidronave Nautilus, um passeio monitorado!
Os turistas que visitam Ubatuba têm uma opção de ecoturismo muito interessante e educacional. A hidronave Nautilus é uma embarcação futurística, de origem russa, que foi projetada com objetivo de possibilitar uma viagem ao fundo mar, através de seu fundo transparente, em formato de bolha.

A hidronave tem capacidade para transportar até 20 passageiros, que podem confortavelmente contemplar a vida marinha, com uma impressionante visão do fundo do mar, aumentada por meio de uma enorme lente. As saídas são do Píer do Saco da Ribeira, região sul de Ubatuba, e o destino, o Parque Estadual da Ilha Anchieta, sendo que, ao se aproximar da ilha, a velocidade do barco diminui, para que sejam realizadas paradas estratégicas, de acordo com a visibilidade do mar, e assim, observar o ecossistema marinho. A permanência na ilha é de aproximadamente 3 horas, sendo possível conhecer algumas praias, uma piscina natural e as ruínas do presídio.

O turismo de observação vem ganhando adeptos no mundo inteiro, e merece destaque por contribuir com a preservação ambiental. A embarcação foi projetada com uma tecnologia inovadora de visão subaquática, através de seu fundo transparente em formato de bolha, que funciona como uma lente especial de cerca de 3 metros de diâmetro, ajudando a aproximar as imagens da fauna e flora marinha em até três vezes.
Sua cabine possui visores de vidro oferecendo uma visão panorâmica ao longo do passeio. Importante lembrar que a visão subaquática através da bolha varia conforme as condições de visibilidade da água do mar, no dia do passeio. Há apenas duas embarcações dessas no Brasil, que realizam este tipo de atividade, uma em Fernando de Noronha e a outra é a hidronave Nautilus. O tempo de deslocamento é rápido, pois o barco possui flutuadores que aceleram a locomoção. A saída é acompanhada por um oceanógrafo ou biólogo, que relata o que as pessoas estão vendo. Durante o trajeto, o fascinante universo subaquático revela-se aos visitantes, que aprendem muito sobre os oceanos, confortavelmente sentados ao redor do grande visor.

Um Passeio Educativo
Segundo o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo, os passeios, de cunho educativo, científico e ambiental, visam mostrar o valor de uma área protegida. Não fosse o chamado polígono de interdição de pesca, que, se não inibe 100%, ao menos coíbe essa atividade, incluindo a caça submarina, a Ilha Anchieta não teria conservado a sua biodiversidade. Ele cita como exemplo a Ilha das Couves e a Ilha Vitória, esta última pertencente a São Sebastião, onde, 30 anos atrás, havia uma fauna aquática bem diversa. “As nossas saídas de mergulho eram para esses lugares, onde hoje já não se vê a mesma biodiversidade”.

Salvaguardado pelo decreto de lei 9.629, de março de 1977, o Parque Estadual Ilha Anchieta é um santuário. “Serve como guardião da biodiversidade e fornecedor de genes para povoamento de outras áreas”, observa Hugo. O recurso obtido com essa atividade irá apoiar a continuidade dos trabalhos de resgate, reabilitação e reintrodução da fauna marinha bem como ações de pesquisa e educação ambiental realizadas pelo Instituto Argonauta.
Sobre o Instituto Argonauta
O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1998 pela diretoria do Aquário de Ubatuba e atua em projetos de resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho.
Contato:
Rua Plínio França, 208 – Saco da Ribeira
Fone: 12 9 9755-1850
Fonte de Informações:
www.institutoargonauta.org
http://ribeiraubatuba.com/2019/02/28/visita-ao-fundo-do-mar/